05/101. Skull: A Máscara de Anhangá
Nota: 💀💀💀💀
Dir.: Armando Fonseca e Kapel Furman
Os primeiros 6 minutos de Skull: A Máscara de Anhangá são exilirantes, e já jogam de cara ao que o filme veio: elementos mágicos sutilmente introduzidos, muito sangue, gore, e cenas de ação bem dirigidas. Nazistas conduzindo rituais de magia negra exilados no Brasil são apenas a cereja do bolo.
Há filmes que tentam emular fórmulas hollywoodianas para arriscar o sucesso. Skull definitivamente não é um deles, embora não seja difícil compará-lo aos clássicos do slasher estadunidense.
Com estética e fotografia soberbas, o thriller de terror e ação tem um ‘quê’ profundamente brasileiro. Desde os cenários detalhados e figurinos autênticos, aos comentários sociais contemporâneos e exploração de mitos indígenas; além de uma coragem para retratar a polícia e megacorporações como apenas filmes indie são capazes.
Mas “indie” não é algo em que você estará pensando ao ver as cenas de combate e morticínio, onde a Máscara de Anhangá se equipara a nomes como Jason Voorhees e Leatherface. Um conceito e estilística únicos, e maquiagem fantástica, trazidos à vida pelo ator Rurik Jr.
Performances marcantes de Wilton Andrade e Natallia Rodrigues também enaltecem a empreitada, que — concordamos — pode ser um futuro clássico de gênero no Brasil, onde os diretores Armando Fonseca e Kapel Furman exploram novos terrenos para o cinema nacional.
Destaque especial para todas as cenas incríveis de Tahaw, e os design de criatura extraordinários.
E também por fugir do clichê do bandido corinthiano, já que o assassino é palmeirense. 🦉
Siga-nos no Instagram! ~> 101 Filmes com Jade